Estimulação cognitiva para idosos: o que é, como funciona e quais os benefícios

Estimulação cognitiva para idosos: o que é, como funciona e quais os benefícios

O processo de envelhecimento costuma trazer algumas mudanças no corpo humano. É natural que certas funções sejam mais afetadas, como o cérebro. Desse modo, a estimulação cognitiva para idosos é uma importante ferramenta para manter a autonomia dessas pessoas.

Ela contribui positivamente para a rotina de todas as pessoas com mais de 60 anos, inclusive quem sofre com algum tipo de demência. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, cerca de 1,2 milhões de pessoas vivem com alguma forma de demência, sendo a mais comum delas o Alzheimer. 

Segundo o Alzheimer’s Disease International, a projeção é de que o número de pessoas com este tipo de demência chegue a 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050.

Esses dados são preocupantes, e indicam que é necessário adotar medidas para garantir que os idosos consigam ter mais autonomia e qualidade de vida na terceira idade.

Para isso, não se deve abrir mão da estimulação cognitiva para idosos. Se você deseja saber mais sobre o que é, como funciona e quais os seus benefícios, siga a leitura e venha conferir!

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O que é a estimulação cognitiva para idosos?

Antes de iniciarmos, vale fazer uma breve contextualização. Você sabe o que é a estimulação cognitiva para idosos?

Como o seu nome já sugere, ela é um instrumento responsável por estimular as funções mentais do cérebro, como memória, atenção, percepção e linguagem, de modo a treinar as funções essenciais para o seu bom funcionamento, além dos sentimentos como emoções, pensamentos e ações. 

Essas funções mentais também podem ser estimuladas de outras maneiras, por meio de atividades físicas, encontro com amigos, criação de novos vínculos afetivos, lazer e cultura. Todos são aspectos que podem funcionar como uma maneira de proteger as funções cognitivas da pessoa idosa. 

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Importância da estimulação cognitiva para idosos

A saúde mental na terceira idade não deve jamais ser negligenciada. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2019, os idosos lideram o ranking dos casos de depressão entre os brasileiros.

Isolamento, traumas, tristezas, falta de autonomia… existem muitos motivos que podem desencadear essa doença. Por isso, além da família precisar estar presente na vida do idoso, para que ele se sinta acolhido, também é conveniente mantê-lo estimulado.

Dessa forma, ele conseguirá desempenhar as suas atividades diárias de rotina e prazer, o que irá contribuir para que tenha mais independência e autonomia, mesmo caso ele tenha alguma forma de demência. 

Apesar das técnicas de melhora na cognição não impossibilitarem o aparecimento de demências, como é o caso do Alzheimer, elas são capazes de reduzir os sintomas, pois elas mantêm o cérebro funcionando por um período maior de tempo.

A estimulação cognitiva para idosos também é importante para trazer à tona, lembranças, histórias e vivências, que são fundamentais tanto para a realização de atividades básicas do dia-dia quanto dos sentidos, como visão, olfato, paladar, audição e tato. 

Parece até redundante citar isso, mas o cérebro é fundamental para que o corpo do idoso funcione corretamente. Ele irá impactar diretamente na rotina do idoso. Não basta apenas cuidar da alimentação e adotar hábitos saudáveis. Não se deve deixar de lado as funções cognitivas.

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Como funciona a estimulação cognitiva para idosos? 

A estimulação cognitiva para idosos funciona de diferentes formas. A sua principal virtude é o fato de poder ser personalizada de acordo com as necessidades de cada pessoa, para melhorar o seu desempenho.

Desse modo, são realizadas algumas tarefas, visando quais são os objetivos da pessoa idosa. Para isso, assim como um terapeuta especializado, a participação da família é extremamente importante no processo.

A partir de então, é realizada uma avaliação das funções mentais, que irá fazer o mapeamento da cognição alterada e preservada do idoso. Com isso, é possível traçar um perfil intelectual e de personalidade, que será o responsável por identificar quais recursos poderão ser trabalhados na reabilitação cognitiva.

Uma vez que esses recursos sejam identificados, é capaz de elaborar as tarefas, que podem ser de memorização, linguagem, planejamento e lógica. 

Pelo fato de serem personalizáveis de acordo com as necessidades do idoso, é essencial que elas estejam adequadas ao seu nível intelectual, pois assim, ele irá se sentir motivado a realizá-las. 

Além dessas tarefas, também pode-se optar por utilizar agendas, calendários, alarmes e equipamentos eletrônicos. 

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Tipos de exercícios para estimular a cognição dos idosos

Conforme dissemos no tópico anterior, as tarefas que ajudam na estimulação cognitiva para idosos tem como principal vantagem, a possibilidade de serem adaptáveis de acordo com as necessidades e perfil de cada pessoa. 

Além de servir para melhorar as funções cerebrais, essas atividades também são excelentes passatempos para o idoso, que poderá, inclusive, adquirir novos conhecimentos ao realizá-las.

Entre os principais tipos de exercícios para estimular a cognição dos idosos, pode-se destacar:

Exercícios para memória:

  • Jogo da memória;
  • Leitura de textos curtos;
  • Repetir sequências de letras e palavras.

Exercícios para atenção: 

  • Escutar músicas prestando atenção nos instrumentos musicais;
  • Atividades que ajudem a executar tarefas simultâneas.

Exercícios de conhecimento:

  • Perguntas sobre a cor da roupa que está usando;
  • Diferenciar objetos reais de não reais;
  • Reconhecer formas de animais e objetos;
  • Fazer crochê ou tricô. 

Exercícios de linguagem: 

  • Fazer a descrição de objetos;
  • Copiar palavras;
  • Efetuar pequenos ditados;
  • Ler em voz alta. 

Além dos exercícios citados acima, também é possível jogar jogos que estimulem o raciocínio lógico do idoso, como domínio, xadrez, damas e baralho.

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Benefícios da estimulação cognitiva para idosos

Como você verificou nos tópicos anteriores, é fundamental manter a estimulação cognitiva dos idosos em dia, pois isso irá refletir diretamente em sua qualidade de vida. 

Em tempos de pandemia de Covid-19, isso é ainda mais importante. Uma pesquisa realizada pelo Jornal Alzheimer’s Association, indicou um dado preocupante. 

Pessoas infectadas pelo vírus podem aumentar o risco de desenvolver problemas neurológicos, o que inclui o declínio cognitivo e a demência, que pode se acentuar nos idosos que já a tem.

Além de contribuir para a melhoria das funções neurológicas, a estimulação cognitiva também auxilia na saúde como um todo, especialmente no que diz respeito à prevenção de doenças cardiovasculares.

A prática dessas técnicas também auxilia os idosos a melhorar a velocidade de processamento de informações, criando uma rapidez no raciocínio lógico, o que ajudará até mesmo na realização de atividades cotidianas.

Todas essas situações irão refletir positivamente na rotina do idoso, que poderá ter mais autonomia para fazer suas atividades diárias, contribuindo para que ele se sinta autoconfiante e tenha pensamentos positivos e felizes. 

Mesmo que o idoso eventualmente tenha um grau de dependência, não se deve abrir mão da estimulação cognitiva, pois ela também cumpre um papel fundamental para a manutenção das funções cerebrais. 

Para isso, é primordial contar com a ajuda de profissionais da saúde, como fisioterapeutas e psicólogos, que saberão quais as melhores práticas que servirão como apoio para o restabelecimento da cognição.

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Conclusão 

Se você chegou até aqui, conseguiu entender um pouco melhor sobre o que é, como funciona e quais os benefícios da estimulação cognitiva para idosos.

O processo natural de envelhecimento costuma causar um certo declínio cognitivo na vida do idoso. Por conta disso, é essencial manter as funções cerebrais funcionando corretamente. 

A estimulação cognitiva é benéfica não somente para idosos que tenham algum tipo de demência ou grau de dependência. Ela também auxilia na manutenção da qualidade de vida dessas pessoas.

A maior virtude da estimulação cognitiva para idosos é o fato de ela ser individual, podendo ser adaptada à realidade de cada pessoa. 

Desenhar, pintar, jogar jogos de tabuleiro, tricotar, cozinhar, fazer leituras… Independente de qual seja a tarefa escolhida, ela trará resultados extremamente positivos, desde que seja realizada da forma correta e com a supervisão de um profissional.

Você também pode contar com o auxílio de um residencial de idosos especializado, que ofereça todas as condições para que o seu familiar tenha ainda mais bem-estar e qualidade de vida.

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