Disfagia em idosos: o que é e como tratar

O envelhecimento provoca muitas mudanças no corpo das pessoas. É um processo natural, e que todos vão passar em algum momento da vida. Essas alterações afetam o ato de deglutir, causando dificuldades na hora de engolir alimentos. Essa condição é caracterizada como disfagia.

O ato de engolir pode parecer um processo simples e mecânico. Mas, envolve vários outros órgãos, como boca, esôfago e estômago. Nas pessoas idosas, a ingestão de líquidos ou alimentos fica ainda mais prejudicada.

Porém, algumas pessoas podem ter dúvidas acerca da disfagia, e o que fazer para que o familiar idoso não sofra com essa condição. No artigo de hoje, iremos falar um pouco mais sobre ela, para que você tire todas as suas dúvidas.

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O que é?

Como dissemos no início deste artigo, a disfagia é caracterizada pela dificuldade de engolir alimentos e líquidos. A pessoa que sofre com o problema tem a percepção da comida ficar “presa” quando ela passa pela garganta, dando a sensação de que machucou a região afetada.

Existem dois tipos de disfagias: esofágica e orofaríngea. Na primeira, há uma sensação do alimento ficar parado na garganta ou no peito, após a pessoa iniciar a deglutição. Já no segundo tipo, há um sufocamento ou tosse ao tentar engolir, dando a percepção de que a comida desceu pela traquéia ou subiu pelo nariz.

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Sintomas

A disfagia possui alguns sintomas característicos, e que são de fácil percepção. Caso o idoso apresentar tosse ou mudanças na voz após se alimentar, deve-se ficar atento e identificar rapidamente o problema. 

Outros sintomas são característicos, como:

  • Pigarros;
  • Dificuldade para engolir líquidos e alimentos;
  • Cansaço ao se alimentar;
  • Alimentos escorrendo pelo nariz;
  • Boca seca ou saliva em excesso;
  • Febre sem motivo aparente;
  • Pneumonias;
  • Perda de peso.

Por que é mais comum em idosos?

Apesar de poder ocorrer em qualquer fase da vida, a disfagia é mais comum na terceira idade. Apesar de não haver estudos que mostram o número exato, estimativas apontam que 15% dos idosos brasileiros sofram com essa condição. Esse dado pode chegar a 30% quando eles estão internados em hospitais.

Isso pode ter uma explicação, pois esta condição ocorre devido a doenças neurológicas que são comuns no envelhecimento, como Mal de Parkinson e Mal de Alzheimer

De acordo com a revista Dysphagia, oito em cada dez pacientes que têm Mal de Parkinson e dois terços das pessoas com Mal de Alzheimer, sofrem com essa condição, que também pode aparecer em decorrência de tumores. 

Porém, não são apenas as condições neurológicas que são responsáveis pela disfagia. Problemas na boca, fraqueza na língua, garganta ou esôfago também são causas que podem desencadear este problema.

Riscos para o idoso

A disfagia pode trazer muitos problemas para o idoso, afetando diretamente seu bem-estar e qualidade de vida. O principal deles é a desnutrição. Em outro texto, falamos sobre como este quadro de hiporexia é prejudicial para a saúde do idoso.

Quando a pessoa está sofrendo com a disfagia, ela costuma ingerir alimentos pastosos, o que acaba diminuindo a quantidade necessária de proteínas e nutrientes que devem ser consumidas nas refeições. 

Isso influencia diretamente no ânimo do idoso, que deixará de se alimentar corretamente, e não terá mais prazer em apreciar as refeições. Além disso, como citamos anteriormente, quem sofre com essa condição está sempre em risco de engasgar. 

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Como tratar

A boa notícia é que a disfagia em idosos tem cura! Em muitas situações, a condição está no estágio inicial, o que facilita o tratamento, que pode envolver a participação de diversos profissionais, como neurologistas, geriatras, nutrólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.

Alguns medicamentos ou injeções podem ser utilizados, desde que receitados por um profissional especializado. Por isso, é muito importante que o médico seja consultado, para que o tratamento seja realizado o mais rapidamente possível. 

Algumas mudanças de hábitos podem ser adotadas, de forma a impedir que o idoso não deixe de se alimentar, como:

  • Comer de forma lenta;
  • Mastigar os alimentos;
  • Evitar alimentos que sejam duros;
  • Comer pequenas porções;
  • Não deitar após as refeições.

Caso o idoso esteja desnutrido, um nutricionista pode indicar a ingestão de suplementos alimentares, que podem servir como um bom complemento às refeições. 

Aqui no Seniors Club, os alimentos são preparados de acordo com a necessidade de cada hóspede. Temos uma equipe de profissionais capacitados para prestar todo o apoio necessário à saúde do idoso.

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